segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Vovózinhas

Nós somos muito felizes porque, além da dona e do dono, dos filhos do dono, da filha da dona, dos tios, das tias e de todos os outros agregados, temos duas vovózinhas muito fofas!!!

A mamãe do dono é muito engraçadinha. Fala bastante com a gente e vira e mexe acarinha um de nós... Geralmente é o Ferrugem, que adora isso!




Como a gente, ela também gosta de um lugar quentinho...


Ela confunde todo mundo.... troca eu pelo Ferrugem... mas a gente não liga. De vez em quando ela diz umas coisas para nós em outra língua... algo mais ou menos assim:

- Du bist aber eine liebe Katze, com her, Ich werde dich streicheln!

Eu não entendo nada, mas sei que ela está querendo nos agradar.

(Tradução do dono: "Você é uma gata boazinha, vem cá, eu vou te acariciar!" Chama a gente de "gata...")

Mas quando ela fala na língua do dono e da dona, também troca umas coisas e chama a gente de "essa", e não "esse":

- Essa gordinha está pedindo carinho...

Quando ela dorme aqui em casa, a dona sempre arruma a cama e eu logo deito no travesseiro. Ela tenta me tirar de lá, mas eu não saio! Uma vez ela teve até de pegar outro travesseiro e dormir virada pro pé da cama, porque eu não aceitei sair do travesseiro dela e ameacei rabiscar todo mundo...


Dono às vezes briga comigo, mas eu nem ligo! Afinal, todas as camas dessa casa são minhas e eles só podem dormir onde eu autorizar. E  ponto.

Às vezes o dono briga também porque eu sou meio traiçoeiro, sabe? Tipo assim, vou chegando devagarzinho, subo no colo e me aconchego mas, de repente, olho para a cara dela e ....

- Fiiiizzzzzttttt!

Rabisco! Tenho de manter a minha fama de mau, não é?

A mamãe da dona mora longe, mas de vez em quando vem visitar a gente e dorme todos os dias na nossa casa. Ela não deixa a gente dormir com ela, acho que tem medo de ser rabiscada. Mas tudo bem, eu permito que ela durma naquele quarto.

Ela é toda fashion, sempre tem batom e unhas vermelhas!!!



Além disso, faz umas tapeçarias "maior legal"! Esse tapete aí que a gente gosta de brincar e escorregar em cima foi ela que fez pra nós...


Ela também faz umas coisas muito engraçadas: acorda pela manhã, vai lá na sacada, abre os braços e fala:

- Bom dia, Sol!

Fico só esperado pra ver se alguém vai responder.... eu hein!!!

Noutras vezes fica de ponta cabeça na sala, ou sentada "de índio" ... parece que está dormindo.... Jeito estranho de dormir! Mas de repente faz:

- Oooohhhnnnnn....

Acho que esse é o uivo dela. Então eu respondo:

- Miauuuuuuuu!!!!!!!!!!

As duas vovózinhas adoram agradar a gente! O Ferrugem fica que nem um pastel, porque ele gosta de velhinhas. O Magoo fica meio desconfiado, mas depois sobe no colo delas para ganhar agrado. Já eu.... bem..... deixo agradar um pouco, mas depois rabisco todo mundo!! Mas no fundo também gosto desse agrado.

Os nossos vovôzinhos, a gente não conheceu. Mas tem fotos deles lá em casa.

O papai da dona, logo se vê pela foto, era um italiano bem bonitão! Dona já contou que a filha dela tinha um gato que, quando o vovô ia varrer a casa, deitava na frente da vassoura e ia sendo empurrado junto com o lixo... E o papai da dona adorava isso! Boa gente, ele!

O papai do dono, também logo se vê pela foto, era fortão e simpático, que nem o dono. Tinha cara de bravo, mas dono sempre fala que ele adorava os gatos e que teve um gatão enorme, maior do que o Ferrugem... Imagina isso!!!

Os dois, por serem pessoas muito especiais, estão cuidando dos gatos lá do céu, que também precisam de muito carinho.

- Obrigado, vovôzinhos, por terem ensinado os donos a amar os gatinhos!!!


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Hora do petisco!!

Hoje vou contar um pouco sobre o petisco que a gente ganha do nosso dono bonzinho!

Todos os dias os donos saem pra trabalhar e nós ficamos dormindo. Precisamos economizar nossa energia para quando eles chegarem em casa, né? Então, cada um de nós se deita num canto e dorme. 

O Freddy Magoo dorme no terraço, em cima do alpendre, tomando sol. Ou então em alguma janela.


O Ferrugem se deita no nosso brinquedo, lá na caminha de cima, e fica ali, perto da porta. Mas ele mal cabe na cama!!!


Já eu gosto de variar. Logo que o dono sai eu volto pra cama dele, e fico lá até que a dona resolve arrumar (e eu ajudo, porque sou um gato bonzinho!). Ou então deito no sofá. Ou numa cadeira lá do terraço. Ou num iglu. Ou seja, onde eu inventar e achar que está bom, pois a casa é minha e eu posso dormir aonde eu quiser.



Mas a gente já sabe: quando chega por volta das quatro da tarde, o dono chega. A dona costuma chegar um pouco mais tarde, depois das cinco. Diz ela que, se chegar antes, o dono fica brigando porque acha que ela fala muito!!! É que ela gosta de contar o que aconteceu no dia, e o dono quer ficar quieto, tomando cerveja enquanto entra na internet e confere se o dinheiro está no banco.

Daí ele diz para a dona:

- Você não para de falar, assim não consigo ir ao banco!

Então, a dona só vem mais tarde, que é para o dono ir ao banco em paz... Mas é só onda dele, porque se ela demorar um pouco ele já começa a telefonar e perguntar se ela não vem pra casa... Os donos se adoram, são mesmo "um sapato velho para um pé torto".


Bom, então voltando, quando o dono entra com o carro na garagem, nós já sabemos mesmo morando no penúltimo andar, e corremos para a porta. Mesmo que a gente esteja dormindo, saímos bocejando e correndo ao mesmo tempo, e quando o dono chega estamos os três lá. O Magoo está sempre de pé nas patas de trás, com a fuça encostada na porta, e eu e o Ferrugem logo depois.

Daí o dono abre a porta e todo mundo se joga no chão para ganhar agrado. E a gente disputa um pouco o dono, principalmente o Ferrugem e o Magoo, que começam a se abraçar e a se linguar, depois começam a se morder e logo rola uma luta...

Eu trato de correr atrás do dono e, onde ele vai, eu chego primeiro. Ele vai tirar os sapatos, e eu chego antes na área; ele vai pegar uma cerveja, já estou no balcão ao lado da geladeira; ele vai lavar as mãos, já estou dentro da cuba; ele vai telefonar, já tirei o telefone do gancho; ele liga o computador, já estou sentado no teclado ou no mouse.....



É que eu sei que é hora do nosso petisco. Eu adoro esse petisco! São uns quadradinhos que vêm num pacotinho pequeno, com um caldinho que é uma delícia... O dono deixa a gente comer isso uma vez por dia, mas só um pouquinho, porque ele disse que não podemos ficar comendo muito... E a hora abençoada é sempre quando ele chega.

Se ele demora para dar o nosso petisco, eu começo a reclamar. Além de chegar antes e atrapalhar tudo o que ele quer fazer, não paro mais de miar, bem ardido, para incomodar mesmo:

- Miéeerrruuu! Miiiiiin!

E fico sentado na frente do dono, encarando..... e fazendo cara de coitadinho... Até que ele resolve dar o petisco. Daí tira da geladeira, pega os potinhos, e eu já estou sentado do lado, na pia, tentando roubar isso... Nessa altura o Ferrugem já está também esperando e miando no pé do dono e o Magoo, esse só está lá às vezes: o cara é tão folgado que o dono tem que buscar ele para comer...

Todo mundo reunido, o dono põe os potinhos no chão e eu começo a comer bem depressa. O Ferrugem também come meio depressa, mas o Magoo é lerdo que só... fica lambendo só o suco... depois "enterra" tudo e vai embora....

Mas eu gosto tanto disso que como tudo bem depressa para poder roubar o dos outros. Assim, lambo o meu prato, ataco o prato do Ferrugem, que por sua vez vai no prato do Magoo, e depois eu pego o do Magoo também.... Se o dono não prestar atenção e me segurar, eu como o petisco de todo mundo, e tão depressa, que adivinha o que acontece?

- Bleeeerggggg!

Eu vomito tudo! E começo a pedir tudo de novo.... Por isso o dono fica me vigiando e, quando precisa, esconde o prato do Ferrugem e o do Magoo para eu não comer tudo... mas eu sempre acho e, quando o dono vai ver, os pratos já estão "limpos" e eu já vomitei!! O dono fica danado da vida...

Nos finais de semana e feriados nós também ganhamos esse petisco. E é sempre depois que o dono tira a sesta. Assim, depois do almoço o dono vai deitar (dona não gosta de dormir de dia) e nós três vamos junto, é claro!!!



Mas eu sempre acordo antes de todo mundo, porque minha barriga começa a roncar querendo o petisco...

Então, eu decido que já é hora de o dono acordar para me dar isso. Primeiro, eu vou lá e cutuco o dono. Ele fala:

- Já vai, Francisco!

E volta a dormir. Daí eu solto um miado. O dono volta a dizer:

- Já vai!

E eu de novo. E o dono de novo. E fica nisso até que eu me canso de esperar e chego bem pertinho do ouvido do dono e...

 - Meeeeirrruuuu! Miiiirrrr!

Mio bem comprido e agudo, para acordar o dono mesmo!!! Faço isso quantas vezes precisar, até que o dono levanta e vai cuidar da nossa barriguinha.

Hummmm, delícia!! Está vendo como o dono me ama???

Agora dá licença que eu vou vomitar o petisco!






quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eu não disse que o dono ia pagar?

Hoje vou contar um pouco do que eu apronto com o dono. Afinal, ele precisa pagar pelo susto que me deu, quando me "mostrou" que já tinha tela nas janelas, não é?  Eu já contei isso...


Uma das primeiras coisas que aprendi com o meu irmão Ferrugem foi fugir lá na casa da praia...

O dono fez uma casa à prova de gatos, sabe? Tem muros em volta do jardim... os portões são de madeira e não dá para passar por baixo... tem cerca de arame na frente da casa. Então, eu sempre me contentei em ficar ali na frente, olhando o movimento da rua, por trás da cerca.




Mas daí veio o Ferrugem...


O gatão pateta não era tão pateta assim e logo aprendeu a pular o muro lateral, para ir para a casa do vizinho. Era uma casa meio vazia, nunca tinha ninguém lá, os donos dela quase não iam. Depois foi vendida, e os novos donos tinham até cachorros. Mas isso foi bem depois de o Ferrugem chegar.

Bom, quando o Ferrugem chegou, ele ainda não tinha ido ainda naquela Bruxa que corta a gente no meio das pernas... Então, ele subia na mesa que está no quintal e, de lá, pulava em cima do muro e chegava no quintal da tal casa. Passava, então, para a frente da casa e saía pela grade, que era larga. Daí ganhava o mundo!!!

Eu aprendi a fazer isso com o Ferrugem e o dono ficou maluco: toda hora ia buscar a gente na rua... Depois que o Ferrugem foi cortar lá naquele lugar (sorte dele, não foi a Bruxa não... mas doeu do mesmo jeito!), não fugiu mais. O dono resolveu levar o gatão lá porque, uma noite, o Ferrujão estava tão louco pra sair que vazou a tela contra mosquitos que tinha na janela e ganhou o mundo.... E o dono correndo atrás!

Mas eu gostei dessa brincadeira. O Ferrugem não fugia mais, mas toda vez que eu fugia o gato dedo-duro ia correndo avisar o dono: chegava perto, sentava e levantava uma pata:

- Dono, o Francisco fugiu!!!!

E os donos saíam correndo pra me procurar, morriam de medo que algum cachorro me pegasse... Imagina! Eu sempre enfrentei os cachorros da rua e espanto todos eles! Fico enorme, com o rabo bem peludo, e eles morrem de medo de mim!

Mas o dono também ficou com tanto medo que virássemos churrasquinho de gato que pôs coleira na gente, com o número do celular dele gravado:



E sempre dizia que, se ligassem pra ele dizendo que encontraram o gatinho, oferecia um boi em troca de devolverem a gente!!!

- Não se preocupe, dono, ninguém quer comer a gente não, nós somos muito duros!!!!

Bom, mas eu fugi muitas vezes. E maltratei bastante o dono. Um dia eu fugi e os donos saíram atrás de mim, na rua, chamando meu nome. Eu ouvi, claro, mas nem liguei. O dono foi na frente, chamando, e eu estava numa grama alta bem próxima do meio-fio. Então, quando o dono passou me chamando, eu abaixei a cabeça, encolhi as orelhas, e fui acompanhando o dono passar.... depois que ele passou eu levantei de novo. Mas a dona vinha logo atrás, e eu não tinha visto!!! E ela me catou, morrendo de rir do dono!

Um dia fui parar até no pagode lá da esquina - a filha da dona que me achou quando estava voltando da praia, e me trouxe de volta... Imagina se eu ia perder o pagode!!!

Mas o melhor mesmo foi fazer o dono de bobo na casa do vizinho da frente... Naquele dia já era de noitinha e eu fugi e entrei na casa desse vizinho. O portão da casa era bem fechado, mas consegui passar pelas grades. A casa estava vazia. Depois de um tempo, os donos deram pela minha falta e foram me procurar. E foi a dona que me achou lá do lado de dentro daquele portão...

Os donos começaram a me chamar e eu miei. Eles não conseguiam me alcançar e eu também não me aproximei. Estava escurecendo e os donos de repente acharam que eu não estava conseguindo me mexer... podia estar machucado. Mas eu estava mesmo era bem quietinho, só olhando ...

Os donos foram ficando apavorados e logo foram buscar uma escada. Isso porque o dono tentou abrir o portão, forçou um espaço para eu passar... mas eu não fui porque eu não queria, e não porque estava machucado. Como o dono estava aflito, resolveu escalar o portão: apoiou a escada, subiu, passou para o outro lado, apoiou a escada, desceu... torcendo pro vizinho não ter alarme e ele acabar preso por invasão de domicílio!

Só que, quando vi que o dono ia pular pra dentro da casa, corri lá pro fundo e me escondi. A casa era solta no terreno, então eu podia andar em volta dela. Assim, o dono foi atrás de mim, eu passei pelo fundo da casa, voltei pra frente pelo outro lado, cheguei bem pertinho da curva para o fundo, me abaixei todo e fiquei lá da frente olhando o dono...

Quando ele chegou lá no fundo, a dona me viu e gritou para o dono que eu estava na frente. O dono virou e começou a voltar pra me pegar... Adivinha o que eu fiz? Corri pro fundo, pelo outro lado, é claro!!! Daí quando o dono chegou na frente, eu estava lá no fundo, bem na esquininha, todo abaixadinho... olhando...

Daí a dona, lá da rua, gritou pro dono que eu estava lá no fundo.... E quando o dono foi me buscar, corri para a frente pelo outro lado! Bom, já tinha escurecido, e fiquei nessa de fazer o dono de bobo, só dando risada.... A dona, lá pelo lado de fora, já tinha percebido isso, e desatou a rir!!! O dono ficou louco da vida e ralhou com a dona:

- Está me fazendo de palhaço?

Daí a dona riu mais ainda:

- Eu não! O Francisco é que está!!!!

Bom, quando eu me cansei de brincar disso, vim correndo em direção ao portão, passei pela fresta e entrei correndo na nossa casa.

O dono pulou de volta o portão: subiu a escada, passou para o outro lado, passou a escada pra fora, desceu a escada, ralou-se todo e tudo isso. E foi correndo pra casa ralhar comigo. Daí sabe o que eu fiz? O que sempre faço depois que apronto: me joguei no chão com as quatro patas pra cima, bem bonitinho... e o dono não conseguiu brigar comigo!


Foi muito divertido! Esse dono me adora!!! Tanto que, depois, comprou a casa do vizinho, só para mim, e hoje eu posso brincar nas duas casas e nos dois jardins!! Claro, a grade da frente foi trocada.



Mas não acabou aí não... eu sempre encontro um jeito novo de fazer ele pagar pelo susto que me deu...

Depois eu conto mais. Xau!





sábado, 8 de setembro de 2012

Dia de Faxina!!!

Hoje o dono resolveu que é dia de faxina. 

Não! Não é na casa!! É na gente!!!!

Vai ter escova! Primeiro eu:







Agora é a vez do Ferrugem:









Agora é a minha vez:





Pode continuar, Ferrugem:





Até que enfim, chegou a minha vez!





Lá vem o Magoo...









Sai daí, Magoo! Agora é a minha vez!






Tá bom, Maggo... vai...





Oba! Agora eu!!!





O QUE???

CORTAR A UNHA???

TÔ FORA!!!!!