segunda-feira, 11 de março de 2013

Visitas inesperadas - Parte II

Oi!!! Miau!!!

Já contei da visita inesperada do Tio Fada, não é? Então, conforme prometido, agora vou contar da outra visita inesperada...

Estávamos já nos recuperando do susto e do stress que foi a visita do Tio Fada, quando um dia a dona começou a fazer a maior confusão, logo cedo.

Primeiro, ela não saiu logo para trabalhar. Tudo bem, achamos que ela ia ficar um pouco em casa naquele dia.

Depois, ela começou a bagunçar tudo: tirou os lençóis da cama e as toalhas dos banheiros, empilhou as nossas casinhas, guardou todos os nossos brinquedos...

Começamos a ficar um pouco mais desconfiados quando ela levou o "kit gato" - nossa areia, nossa ração e nossa água - lá para o terraço... Por que seria?

A Moça que ajuda lá em casa chegou cedo e a dona mandou não lavar a louça... Não entendemos nada! O que elas estavam esperando?

Dali a pouco, depois de dar umas instruções para a Moça, a dona colocou a bolsa no terraço, junto com o nosso "kit gato". Ficamos os três olhando e achando aquilo muito esquisito...

Quando fomos lá no terraço ver o que estava acontecendo... SURPRESA!!

A DONA FECHOU A GENTE LÁ FORA!!!!

- O que é isso, dona! Ficou maluca?

Foi uma miadeira só... O Ferrugem ficou meio numa boa, o Magoo ficou desesperado arranhando a porta e eu também não gostei nada disso!!!

Passamos algum tempo olhando para a dona e caprichando nas caras de pobrezinho até que a dona resolveu entrar no terraço e ficar com a gente. O Magoo não pensou duas vezes: foi só abrir uma brechinha da porta que o cara virou papel e passou correndo pra dentro!

Então a dona fechou de novo a porta e saiu corredo atrás do Magoo. Quando conseguiu pegar, chamou a Moça e pediu para ela ficar perto da porta, para que ela pudesse entrar com o Magoo sem que ninguém fugisse. Abriu a porta, entrou com o Magoo no colo e quando falou "pronto"... a Moça virou as costas e foi embora sem fechar a porta!

Claro que eu aproveitei a bobeira e saí correndo enquanto a dona fechou a porta e ficou lá fora com o Ferrugem e o Magoo.

A Moça saiu correndo atrás de mim, mas não deixei barato: era só ela se aproximar que eu....

- FIIIZZZZTT!!! RRRRR!

Abria minhas patas, que ficavam enormes, e riscava o fósforo nela. Não deixei ela me pegar de jeito nenhum!! Ela bem que tentou conversar comigo, mas eu logo a espantei.

A dona também tentou me puxar lá pra fora quando cheguei perto da porta. Mas eu rosnei um monte, abri as quatro patas e fiquei me segurando na beirada da porta. Será que a dona não aprendeu ainda que ninguém manda em mim? Quer dizer, às vezes eu deixo o dono pensar que ele é que manda... só pra ele ficar feliz!

A dona então pegou o celular na bolsa, ligou para a Moça e disse que era para deixar, que não adiantava, ela não ia conseguir me pegar. É claro que não ia!!!

O Magoo e o Ferrugem ficaram malucos lá fora com a dona, porque queriam entrar também... E eu não deixei por menos: assim que achei uma bolinha de papel, saí todo feliz, correndo, chutando pra lá e pra cá, bem perto da porta do terraço, pra deixar o Ferrugem e o Magoo com vontade... É que, como eles não podiam brincar, eu brinquei pra eles, não é? Afinal, sou um gato bonzinho!!

Mas não demorou muito e a dona mesmo não aguentou ficar no terraço. Escancarou a porta, falou que estava muito calor e deixou todo mundo fugir. Cada um correu para um lado e se escondeu.

Depois nós entendemos que estávamos no terraço porque um moço ia jogar veneno lá em casa, pra matar as formigas, pois a dona já estava histérica com isso... E como eu gosto de lamber o veneno - eu contei isso em "Meu Primeiro Irmãozinho" -, os donos acharam melhor nós ficarmos presos lá no terraço. Já tínhamos ficado outras vezes, mas a Moça era outra, e aquela outra a gente obedecia.

O fato é que o tal "homem-veneno" chegou e jogou veneno em todo lugar, até no terraço. A dona andou atrás dele o tempo todo, com medo que ele jogasse veneno na nossa cara. Eu até disse:

- Dona, está preocupada à toa. Ele que experimente!!!!

Mas ninguém foi envenenado - só as formigas. 

O Ferrugem subiu no armário do espelho do banheiro e ficou lá, com o nariz numa janela, olhando para o "homem-veneno" com olhos grandes e brilhantes... Acho que o "homem-veneno" ficou até com medo dele! Se soubesse como ele é pateta...

Eu subi na cama do quarto de hóspedes e entrei embaixo do lençol que a dona colocou para proteger. Não saí de lá, nem quis lamber o veneno.

E o Magoo, esse deu mais trabalho. A dona achou que ele estava dentro do sofá, como fez quando o Tio Fada veio, então ficou vigiando o "homem-veneno", para ele não jogar veneno lá. Mas num segundo que se distraiu ele jogou... e a dona ficou desesperada, esperando o Magoo sair... 

Ele não saiu, o "homem-veneno" foi embora, a dona foi trabalhar e, mais tarde, pediu para a Moça levantar o sofá para procurar o gato folgado. Mas ele não estava lá!

Mais tarde ele apareceu: estava em cima da cama dos donos, embaixo da pilha dos travesseiros, lençóis, cobertor e edredom! E a dona com medo que ele tivesse sido envenenado! O perigo era ele ter sufocado!!!

A Moça arrumou toda aquela bagunça e nós voltamos para o nosso sossego. No dia seguinte os donos levaram a gente pra praia, mas antes tivemos que descansar bastante...

Nenhum comentário:

Postar um comentário